EDUCAÇÃO: Projeto Saberes Indígenas viabiliza formação em rede de professores
Publicado em | 15/05/2018
Divulgação.
Cento e quinze professores indígenas mato-grossenses, especialmente aqueles que atuam nos anos iniciais da educação básica nas escolas indígenas de suas comunidades, passam, desde 2016, por ações de formação continuada e aperfeiçoamento por meio do projeto de extensão "Saberes Indígenas na Escola Rede UFMT - Mato Grosso".
 
A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) coordena a rede de instituições públicas de ensino superior e demais parceiros institucionais que viabilizam as ações dos projetos em três polos espalhados pelo estado.
 
A rede é composta pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) e secretarias municipais de Educação de Sapezal e Rondonópolis.
 
Na UFMT, o projeto está vinculado a Faculdade de Educação Física (FEF), grupo de pesquisa Corpo, Educação e Cultura (Coeduc) e Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE), do Instituto de Educação (IE), campus Cuiabá.
 
Conta com financiamento da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), do Ministério da Educação (MEC), e apoio gerencial da Fundação Uniselva.
 
Sob coordenação da professora Beleni Salete Grando, doutora em Educação e pós-doutora em Antropologia Social, o projeto também fomenta pesquisas que resultam na elaboração de materiais didáticos e paradidáticos em diversas linguagens, bilíngues e monolíngues, conforme a situação sociolinguística e de acordo com as especificidades e realidade da educação escolar indígena de cada comunidade atendida.
 
Exemplos disso são os cinco livros lançados durante a primeira atividade de planejamento do projeto para o ano de 2018 realizada nos dias 10 e 11 de maio no IE-UFMT.
 
As obras "Mini Dicionário Terena", "Frutas Silvestres", "Dicionário Ilustrado Apiaká", "Mebêngõkre Kabêm - língua do povo do buraco da água" e "Cartilha Kawaiwete" foram organizadas pelos professores doutores Alceu Zoia e Waldineia Antunes de Alcântara Ferreira.
 
 
 
Esses materiais didáticos foram demandados pelo polo de Sinop, coordenado pela Unemat, que atende aos povos Terena e Kayapó, localizados na região norte, Matupá, e Apiaká, Kaiabi, Munduruku, atendidos pelo campus da universidade em Juara.

Planejamento - Da primeira atividade de planejamento do projeto em 2018 participaram representantes de 12 povos indígenas, o presidente do Conselho de Educação Escolar Indígena de Mato Grosso (CEEI-MT), coordenadores, supervisores e multiplicadores do projeto, agentes da educação escolar indígena e das diferentes secretarias.
 
 
 
Na ocasião, também foram oportunizadas atividades culturais como visitas a obras que utilizam-se de conceitos da arquitetura indígena no campus da UFMT e ao prédio do Centro Sebrae de Sustentabilidade, acompanhados pelo arquiteto José Afonso Portocarrero, que recentemente conquistou dois troféus no prêmio mundial de construções sustentáveis Breeam Awards 2018: melhor edificação sustentável na categoria Novas Construções em Uso das Américas e melhor prédio sustentável da premiação, entregue em Londres, em março deste ano.
 
 
 
Outros polos - Além do polo de Sinop, há os polos de Barra do Garças e de Cuiabá.
O primeiro é coordenado pelo campus Pontal do Araguaia da UFMT e atende, na região noroeste do estado, o povo Xavante dos territórios de São Marcos e Pimentel Barbosa.
 
Já o IFMT responde pela coordenação do polo Cuiabá que atende aos povos Bororo, Umutina, Paresi, Nambikwara e Chiquitano, nas regiões sul, sudeste, leste, oeste e sudoeste.
 
Assessoria de Comunicação | Fundação Uniselva
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